Doação de sangue
- levar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
- estar bem de saúde;
- ter idade entre 16 e 69 anos, 11 meses e 29 dias. Obs: dos 16 aos 18 anos incompletos, podem doar sangue apenas com consentimento formal dos responsáveis.
- pesar mais de 50 Kg;
- não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.
- Febre
- Gripe ou Resfriado
- Gravidez
- Pós-parto: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias
- Uso de alguns medicamentos
- Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis
- Extração dentária: 72 horas
- Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses
- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses
- Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação
- Transfusão de sangue: 1 ano
- Tatuagem: 1 ano
- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina
- Hepatite após os 10 anos de idade;
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
- Uso de drogas ilícitas injetáveis;
- Malária.
- Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)
- Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)
Você sabe o que é janela imunológica?
É o período entre a contaminação da pessoa por um determinado agente infeccioso (HIV, hepatite...) e a sua detecção nos exames laboratoriais.
No período da janela imunológica, os exames são negativos, mas mesmo assim o sangue doado é capaz de transmitir o agente infeccioso aos pacientes que o receberem.
A sinceridade ao responder as perguntas do questionário que antecede a doação é importante para evitar a transmissão de doenças aos pacientes.
Nunca doe sangue se você quiser apenas fazer um exame para AIDS. Neste caso, procure um Centro de Testagem Anônima e gratuita.
Informe-se pelo Disque-Saúde: 0800-61-1997 ou nos Centros de Testagem Anônima.
- Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas;
- Aumentar a ingestão de líquidos;
- Não fumar por cerca de 2 horas;
- Evitar bebidas alcoólicas por 12 horas;
- Manter o curativo no local da punção no mínimo por quatro horas;
- Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho
Em caso de dúvidas, entrar em contato com o Serviço de Hemoterapia do INCA pelo telefone (21) 3207-1580 / 3207-1021 e 3207-1058.
- Doar sangue engorda ou faz emagrecer?
Ao doar sangue você não engorda nem emagrece.
- Doar sangue engrossa ou afina o sangue?
Não engrossa nem afina o sangue, é apenas um mito. - Doar sangue vicia?
Não. A doação de sangue não está relacionada a nenhuma dependência. - É preciso algum documento de identidade?
Sim. O candidato deve apresentar documento original com foto, expedido pelo órgão oficial. Exemplos: Carteira de Identidade (RG ou RNE), passaporte, Carteira de Trabalho, Carteira de Identidade de Profissional, Carteira Nacional de Habilitação com foto e Certificado de Reservista. - Fiz uma tatuagem há um ano. Posso doar?
Sim. Quem fez tatuagem há mais de um ano pode doar sangue. - Há substituto para o sangue?
Não. Ainda não há nenhum substituto do sangue.O que é sangue universal?
Hoje sabemos que não existe sangue universal. Todas as pessoas têm características diferentes e por isso, quando necessitam de transfusão de sangue, precisamos fazer exames pré-transfusionais independente do grupo sanguíneo do doador e do receptor.
- O que é feito com o sangue que doamos?
Após a coleta, a bolsa coletada é fracionada em componentes sangüíneos (concentrado de hemácias, de plaquetas e plasma). Esses componentes são liberados para uso somente após o resultado dos exames. As unidades que apresentam reatividade sorológica são descartadas. Uma única unidade doada pode beneficiar três pacientes. - O que é sangue raro?
É um sangue com característica especifica de baixa frequência na população e algumas vezes, pode ser uma característica familiar. - O que se consegue em troca da doação de sangue?
A satisfação de beneficiar pessoas que não têm outra opção e dependem do gesto de pessoas como você para se sentir melhor. - Tomei vacina para Hepatite B. Posso doar sangue?
A vacinação para Hepatite B impede a doação por 48 horas.
- A mulher pode doar sangue durante o período menstrual?
Sim. - Doar sangue dói?
Não. - O que acontece se uma pessoa que não sabe se está anêmica quiser doar sangue?
O candidato à doação é atendido por um profissional do Serviço de Hemoterapia, que realiza um teste rápido para verificar se o doador está ou não anêmico. - O que são situações de risco acrescido para se transmitir doenças através da doação de sangue?
Ter múltiplos parceiros sexuais ocasionais ou eventuais sem uso de preservativo, usar drogas ilícitas, ter feito sexo em troca de dinheiro ou droga, ter sido vítima de estupro, ser parceiro sexual de pessoa que tenha exame reagente para infecções de transmissão sexual e sangüínea, ter parceiro sexual que pertença a alguma das situações acima, dentre outras. - O uso de medicamento pode impedir alguém de doar?
O uso de medicamento deve ser analisado caso a caso. Portanto, antes de doar consulte o Serviço de Hemoterapia.
- Quanto tempo dura a doação?
O procedimento todo (cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta do sangue e lanche) leva cerca de 40 minutos. - Quanto tempo leva para o organismo repor o sangue doador?
O organismo repõe o volume de sangue doado nas primeiras 24 horas após a doação. - Quem está fazendo regime para emagrecer ou dieta pode doar sangue?
Sim. Dietas para emagrecimento não impedem a doação de sangue, desde que a perda não tenha comprometido a saúde. - Quem estiver fazendo tratamento homeopático pode doar sangue?
Sim. - Quem estiver fazendo tratamento com algum antibiótico pode doar sangue?
Depende do porquê a pessoa está tomando antibióticos. Em linhas gerais, para infecções simples e sem complicações, o doador deve aguardar 15 dias após a última dose do antibiótico para doar sangue. Infecções mais graves como pneumonia, meningite, entre outras, podem necessitar de um tempo maior para liberação do candidato à doação.
- Quem estiver fazendo tratamento com algum anti-inflamatório pode doar sangue?
Dependendo do motivo, a doação pode ser realizada normalmente. Não se esqueça de informar o nome do anti-inflamatório que você esta tomando. - Quem faz tratamento para acne pode doar sangue?
Depende do tipo de tratamento. Caso o tratamento inclua o uso de antibióticos ou outros remédios de uso oral, não será possível doar. - Quem tomou analgésico pode doar sangue?
Pode, mas é importante que no dia da doação o doador esteja sem dores. - Grávidas podem doar sangue?
Não. Mas se o parto for normal, a mulher pode doar depois de três meses. Em caso de cesariana, após seis meses. Se estiver amamentando, aguardar 12 meses após o parto. - É necessário estar em jejum para doar sangue?
O doador não deve estar em jejum. Tem que estar alimentado e descansado, evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação.
- Quem está gripado pode doar sangue?
Recomenda-se aguardar sete dias após a cura para poder doar. - Quem tem diabete pode doar sangue?
Se a pessoa que tenha diabetes estiver controlando apenas com alimentação ou hipoglicemiantes orais e não apresente alterações vasculares, poderá doar. Caso ela tenha utilizado insulina uma única vez, não poderá doar.
Doação de plaquetas
Doação de Medula Óssea
- Qualquer pessoa entre 18 e 35 anos com boa saúde poderá doar medula óssea.
- Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 a 10ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o receptor da medula óssea.
- Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
- Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.
- Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL!
- Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.
- Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.
- A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.
- É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato.
- Você precisa ter entre 18 e 35 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante). Lembre-se que uma vez no cadastro, poderá ser chamado, se identificado como compatível com algum paciente, até os 60 anos de idade.
- Onde e quando doar?
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros nos Estados. - Como é feita a doação?
Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5 a 10ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais. - Seu sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro. Os resultados são confidenciais e servem apenas para os fins do REDOME.
- Seus dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se você for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.
- Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.
A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Existe uma outra forma de obtenção das células-tronco da medula óssea, que utiliza uma máquina específica (aférese) para separar do sangue periférico (corrente sanguínea), as células necessárias para o transplante. Neste caso, o doador tem que receber um medicamento antes da doação (fator de crescimento), que estimula a medula óssea a liberar estas células para a corrente sanguínea. Esta técnica só é utilizada em casos específicos, sob decisão médica e com consentimento do doador.
Como é feita a doação de medula óssea
O primeiro passo é encontrar um doador compatível e, então, obter as células progenitoras do sangue periférico em número apropriado para o transplante. Para coletá-las da medula de um doador, utiliza-se um equipamento chamado máquina de leucaférese. Num processo semelhante ao da filtragem do sangue, as células progenitoras são separadas de acordo com o seu peso, e armazenadas em um compartimento especial. Uma vez coletadas no sangue do doador, as células progenitoras são infundidas na corrente sanguínea do paciente e se implantam na medula óssea, iniciando a reconstituição hematopoiética após regime de condicionamento. O condicionamento consiste no uso de altas doses de quimioterapia para que seja reduzida significativa e drasticamente e produção normal de sangue. Só então são infundidas as células progenitoras que, uma vez na corrente sanguínea, circulam, alojam-se na medula óssea e voltam a se proliferar agora dentro do organismo do paciente.
Em geral, a evolução durante o transplante depende de vários fatores, em especial do estágio da doença (quanto mais precoce o diagnóstico, tanto melhor), e do estado geral do paciente (no que se refere a boas condições nutricionais e clínicas).
Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e/ou a hemorragias. Por esta razão, ele deve ser mantido preferencialmente internado e em regime de isolamento. Cuidados com a dieta, higiene, ar e água são indispensáveis. Mesmo assim, apesar dos cuidados, as infecções são quase sempre presentes no paciente transplantado. Nos transplantes halogênicos, com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova "memória" e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer órgãos e tecidos do indivíduo como estranhos. Esta complicação, chamada de Doença do Enxerto contra Hospedeiro (DECH), é relativamente comum, de intensidade variável e, na maioria dos casos, pode ser controlada com medicamentos adequados. Estudos clínicos mostraram que crianças com menos de 10 anos têm 13% de DECH crônica, comparadas com 46% naqueles com mais de 20 anos. A incidência de DECH crônica diminui com regimes mais intensos de imunoprofilaxia e com a remoção dos linfócitos do enxerto. Por outro lado, aumenta com a utilização de infusões de leucócitos ou na presença de infecções virais.
FONTES CONSULTADAS:- Dr. Nelson Hamershlak, especialista em Hematologia/Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein.
- Dr Carmino de Souza, professor-doutor especialista em Hematologia/Hemoterapia da Unicamp.
- Dra Carmem Bonfim, coordenadora do Programa de Transplante Pediátrico do Serviço de Transplante de Medula Óssea e do Programa de Transplante em Doenças Genéticas do Hospital de Clínicas da UFPR.
- Dr Fernando Kok, professor-doutor especialista em Neurogenética do Hospital das Clínicas de São Paulo.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE
- INCA-Instituto Nacional do Câncer
- AMEO-Associação de Medula Óssea
- ABRALE-Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia
Transplante de Medula Óssea
A fase antes do transplante consiste em reuniões, as quais podem ser realizadas por médicos (oncologistas, hematologistas e pediatras), enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, para discussão e esclarecimentos sobre o caso.
Em um segundo momento, são realizadas reuniões com os pacientes e familiares para esclarecer os procedimentos que serão realizados. A família recebe orientações sobre como lidar nos períodos de internação do paciente e sobre a importância da colaboração e auxílio nas atividades diárias.
Após o esclarecimento, o paciente ou o responsável legal assina o termo de Consentimento Informado, e então, acontece o agendamento do transplante.
Para iniciar o tratamento, o paciente necessitará de um cateter venoso para viabilizar o recebimento de quimioterapia, transfusões, antibióticos, medicamentos e principalmente o transplante da medula.
Na fase pré-transplante acontece o chamado condicionamento, que é quando o paciente prepara o seu corpo para receber as células sadias da medula óssea por meio do transplante. O condicionamento é realizado com altas doses de quimioterapia e em alguns casos radioterapia, com a finalidade de destruir todas as células imunes para o recebimento de uma nova medula óssea.
Durante o período de quimioterapia e/ou radioterapia, o paciente poderá apresentar alguns efeitos colaterais ou não apresentar nenhum. Vamos apresentar os efeitos mais comuns e algumas dicas para diminuir o mal-estar causado pelos sintomas.
NÁUSEAS, VÔMITOS E PERDA DE APETITEQuando ocorrerem, é importante que o paciente siga as seguintes recomendações:
- Se alimentar de três em três horas, priorizando alimentos pouco temperados;
- Comunicar sempre a equipe médica para que possa ser medicado;
- Manter uma boa alimentação, pois seu organismo necessitará de forças para se recuperar;
- A falta de apetite ou a não sensibilidade para sentir o sabor dos alimentos é um efeito temporário.
São feridas que podem ocorrer em todo trato gastrointestinal, da boca até o ânus. As recomendações a baixo são para ajudar a evitar a ocorrência de mucosite na boca e garganta, que são os locais mais frequentes.
- Escovar os dentes de forma delicada ao se levantar, após a ingestão de qualquer alimento e antes de dormir;
- Realizar os bochechos e gargarejos nos horários e com as soluções fornecidas pelo hospital;
- Manter a boca hidratada. Para isso é necessário a ingestão de no mínimo dois litros de água por dia.
Pode ser considerado, quando ocorrem episódios de fezes líquidas ou aumento de frequência das evacuações durante o dia.
- Primeiramente é preciso comunicar a enfermagem da ocorrência da diarreia e quaisquer outras alterações, como sangue ou muco nas fezes;
- Utilizar comadre em caso de fezes líquidas, para que possam ser avaliadas pela enfermagem;
- Após evacuar, não usar papel higiênico. Realize sua higiene no chuveiro ou utilize compressas macias umedecidas, as quais não podem ser reutilizadas. Isso tem a finalidade de impedir que fiquem resíduos de fezes na região do ânus, o que poderia resultar em infecção, evitando também assaduras e feridas na pele e mucosa, que já fica sensível por causa da ação da quimioterapia ou radioterapia.
- É importante que o paciente comunique diariamente o número de vezes que evacua e a consistência das fezes para acontecer o acompanhamento do seu hábito intestinal. Só assim poderão ser tomadas as medidas preventivas para obstipação.
- É de suma importância que evite a ocorrência de obstipação, pois as fezes endurecidas podem provocar feridas no ânus, levando a sangramento e infecção, além de tornarem a evacuação bastante dolorosa.
- Evite ficar deitado por muito tempo, procure beber bastante líquido e andar pelo quarto, isso ajuda no funcionamento do intestino.
- A perda de cabelos pode ocorrer no corpo inteiro ou ficar restrita a uma área. É um problema estético que não pode ser evitado, porém não deve ser supervalorizado, pois é temporário e não representa risco para o paciente.
- O cabelo do paciente certamente cairá durante o transplante, pois trata-se de um efeito colateral do tratamento. Pode causar desconforto, além do risco de propiciar infecções devido aos fios que entram em contato com o cateter. Torna-se imprescindível que o paciente raspe o cabelo e corte as unhas, antes do início do tratamento.
Após o paciente condicionar sua medula, ele receberá uma nova medula sadia, como se fosse uma transfusão de sangue por meio do cateter. O dia da transfusão é feito no Dia “zero”, um novo dia de aniversário para o paciente. As células-mãe transfundidas são levadas pela corrente sanguínea e se encaminham até a medula óssea, local cujo irão se instalar e começar o processo de recuperação.
O transplante é um procedimento rápido que dura em média 2h, “semelhante à uma transfusão de sangue”. Se as células transplantadas forem de cordão umbilical, o procedimento é realizado em 20 minutos. O paciente pode escolher algum familiar para estar presente no momento do transplante.
A medula óssea após a coleta é acondicionada e transportada em bolsa como as bolsas de sangue. Nela, além da medula, há um líquido conservante que poderá causar alguns sintomas, como: náuseas, vômitos, sensação de calor, desconforto na garganta, tosse seca, formigamento, entre outros. Ainda pode acontecer alteração da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, para tanto, é necessário que o paciente seja monitorado.
Após o TMO, o paciente fica muito frágil, portanto ele deve ser mantido internado no hospital para receber os cuidados e monitoramento necessários.
ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS SÃO REALIZADOS NESTE PERÍODO:- Controle dos sinais vitais, como temperatura, pulsos, respiração e pressão arterial.
- Controle de líquidos recebidos e eliminados. O paciente deverá anotar todo líquido que beber e reservar a urina em um recipiente. Este procedimento é importante para a equipe médica avaliar a função renal.
- Controle de peso para avaliar diariamente as condições nutricionais evitando a desidratação e desnutrição do paciente.
Esta fase é conhecida como aplasia medular, caracterizada pela queda do número de todas as células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas).
A quimioterapia provoca a queda da produção de todas as células do sangue, das doentes e das sadias. O baixo número de leucócitos, principalmente os neutrófilos (um tipo de leucócito), deixa sujeito às infecções bacterianas, fúngicas, virais e protozoários. Neste período, o paciente fica incapaz de se defender das infecções, recebendo, assim, inúmeros antibióticos.
É comum que o paciente apresente febre, tremores e calafrios. Nos picos de febre, são colhidas amostras de sangue para identificação do agente causador da infecção. Esse procedimento auxilia no combate da infecção com a medicação específica.
Durante o período em que as células transplantadas ainda não são capazes de produzir as células sanguíneas em quantidade suficiente, o paciente recebe suporte por meio de transfusões das hemácias e plaquetas, além de receber medicamentos que estimulam a produção dos leucócitos, importantes para defesa contra infecções. Esta fase é delicada, pois o paciente se encontra sujeito a infecções e sangramentos, por isso os cuidados a seguir são de extrema importância:
- Reforço dos cuidados com a higiene;
- Usar máscara quando for necessário se ausentar da unidade de transplante (TMO);
- Limitar o número e frequência de visitas;
- Evitar contato direto com outras pessoas (beijos, abraços, proximidade ao falar, etc.);
- Usar roupas e toalhas limpas;
- Lavar sempre as mãos, principalmente após ir ao banheiro e antes das refeições;
- Manter-se ativo, evitando ficar deitado por muito tempo, assim estará prevenindo a infecção pulmonar;
- Não se coçar e não espremer espinhas.
- Para evitar sangramentos, é preciso que tome alguns cuidados:
- Evite movimentos bruscos, para assim evitar a ocorrência de quedas e ferimentos;
- Não utilize de lâminas para se barbear ou depilar;
- Não retire cutículas e não corte as unhas rentes;
- Mantenha-se ocupados com atividades seguras (leitura, crochê, jogos);
- Escove delicadamente os dentes e não utilize fio dental;
- Não retire peles soltas ou crostas de feridas;
- Comunique caso ocorra a menstruação, outros sangramentos ou hematomas;
- Secreções, dores, feridas, cansaço, tonturas, tremores e calafrios, devem ser comunicados à equipe de enfermagem.
‘Pega Medular’ é o momento após a transfusão das células da medula, quando a medula já consegue produzir as células do sangue em quantidades suficientes. A ‘pega’ da medular acontece quando a taxa de plaquetas alcança 20.000/mm³, sem necessidade de transfusão por dois dias seguidos e quanto os leucócitos ficam acima de 500/mm³, por dois dias também.
É importante saber que o tempo de recuperação é variável, cada caso é um caso. Dependendo do tipo de transplante e da fonte de célula, o prazo para recuperação pode ser modificado. Existem também medulas mais ‘preguiçosas’ e outras mais precoces. O paciente deve ter paciência, fazer a sua parte e acompanhar, perguntando ao médico como sua medula está trabalhando.
Após a recuperação da medula (‘pega’), pode ser que sejam necessárias transfusões e uso de medicamentos na veia, assim o paciente recebe a medicação no hospital durante o dia e pode voltar para casa.
A complicação mais usual do transplante de medula óssea está associada ao problema de incompatibilidade. Ela é denominada de Doença de Enxerto Contra Hospedeiro (DECH) ou GVHD (graft-versus-host disease do inglês), popularmente conhecido como rejeição. Acontece que as células do paciente reconhecem as células do doador como ‘estranhas’ e desencadeiam uma resposta imunológica contra o organismo do paciente.
A rejeição atinge principalmente a pele, trato gastrointestinal e fígado. A DECH acontece porque a medula óssea produz linfócitos (um tipo de leucócito) que estão aptos a reconhecer o que é estranho ao organismo. Após o transplante, a nova medula óssea produz os linfócitos, que reconhecem o organismo do paciente como estranho, o que acarreta uma resposta imune que acaba destruindo e agredindo as células de alguns tecidos e órgãos do paciente.
Para evitar a ocorrência de uma forte rejeição, são prescritos aos pacientes remédios anti rejeição, chamados também de imunossupressores, que são capazes de diminuir as ações das células transplantadas contra o organismo do paciente.
A rejeição em suas formas leves e limitadas são importantes para a prevenção da recaída da doença. Os linfócitos produzem um efeito protetor, agredindo assim, as células doentes, levando à uma menor chance de recaída. Essa resposta é denominada efeito Enxerto X Leucemia (graft-versus-. leukemiaeffect- GVL no inglês).
Vale ressaltar que a Doença Enxerto Versus Hospedeiro é maior quando a diferença do doador na compatibilidade é maior, portanto se relaciona ao exame de compatibilidade (HLA).
No transplante autólogo não já rejeição, já que a medula transplantada é do paciente-receptor.
A alta hospitalar é muito desejada, mas também pode gerar muito medo e inseguranças. Você será preparado para se cuidar em casa. Após a alta, é importante que se tome certos cuidados em casa.
LISTAMOS OS MAIS IMPORTANTES:
- Tomar os medicamentos rigorosamente como foram prescritos pelo médico. Quando sair de casa, leve os medicamentos com você para que possa tomá-los nos horários corretos;
- Se encontrar dificuldades em tomar os medicamentos, não pare de tomar, mas é importante que o paciente comunique a equipe médica.
- É de extrema importância que a casa esteja limpa antes da chegada do paciente;
- Nos três primeiros meses, o paciente, de preferência, precisa ter um banheiro individual limpo;
- Use protetor solar FPS 30 ou 50 em todas as partes que serão expostas ao sol, quando sair de casa, mesmo se for permanecer na sombra;
- Ao caminhar, evite horários de sol, sua pele estará muito sensível;
- Reduzir ao máximo o número e a frequência de visitas em casa, pelo menos nos dois primeiros meses após o TMO;
- Evitar locais com fluxo grande de pessoas, como por exemplo, shoppings, shows, casas noturnas, restaurantes cheios, entre outros. Pelo menos nos cem primeiros dias após o transplante;
- Muito importante que o paciente siga as orientações de seu médico!
- Evitar o contato com crianças pequenas, pois elas podem transmitir algumas doenças, como catapora, sarampo, caxumba;
- Não entrar em contato com pessoas que receberam em menos de um mês vacinas contra sarampo, rubéola e Sabin (poliomielite). Pois estas vacinas utilizam o vírus atenuado, o que poderá provocar doença;
- Não manter contato com animais;
- Evite ficar deitado, acamado. Procure atividades que lhe deem prazer e que sejam seguras, como leitura, jogos, tricô, atividades no computador, entre outros.
- Não entrar em contato com pessoas gripadas ou com febre ou tosse;
- Como já dito, não retirar cutículas, nem fazer depilação ou se barbear enquanto o número de plaquetas estiver menor que 50.000 (Esta informação será dada pelo seu médico);
- Não usar absorvente interno;
- Retomar atividade sexual apenas quando a contagem de leucócitos e plaquetas estiver normalizada (Esta informação também será dada pelo seu médico);
É IMPORTANTE AVISAR SEU MÉDICO, CASO:
- A temperatura corporal estiver maior que 37,8 C;
- Tremores e calafrios, mesmo sem febre;
- Tosse, catarro e falta de ar;
- Diarréia;
- Enjoos e vômitos frequentes;
- Presença de sangramento (nasal, nas fezes, urina ou boca);
- Presença de pontos vermelhos pelo corpo;
- Presença de secreção, vermelhidão, coceira ou dor no local do cateter;
- Ocorrência de acidentes domésticos;
- Ocorrência de tonturas, fadiga, palpitações, dores persistentes ou ardor para urinar ou evacuar;
- Aparecimento de alterações na pele (vermelhidão, descamação, coceira, bolhas e feridas).
- Lembre-se que seu sistema de defesa é totalmente novo, ainda não está preparado para exercer uma defesa eficiente. Considere-se frágil como um bebê. No decorrer do primeiro ano sua defesa estará se recuperando e só depois, é que você vai receber as vacinas para aprimorar suas defesas, ou conforme orientação do seu médico.
É muito importante que você faça a sua parte! O Sucesso do seu tratamento também depende de você!
As complicações após o transplante são frequentes e esperadas. O acompanhamento cuidadoso permite que muitas destas alterações sejam detectadas precocemente e tratadas de forma adequada.
A reintegração do transplantado à sociedade deve ser considerada tão importante quanto o acompanhamento da doença. O apoio dos familiares e dos grupos multidisciplinares se torna fundamental para a recuperação do indivíduo e para a melhoria da qualidade de vida dele.
(Fonte: AMEO - A Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo.)Direitos Sociais da Pessoa com Câncer
- O trabalhador com câncer pode realizar o saque do FGTS?
Sim. Na fase sintomática da doença, o trabalhador cadastrado no FGTS que tiver neoplasia maligna (câncer) ou que tenha dependente portador de câncer poderá fazer o saque do FGTS.
- Quais os documentos necessários para o saque do FGTS?
Um dos documentos exigidos é o atestado médico com validade não superior a trinta dias, contados a partir de sua expedição, firmado com assinatura sobre carimbo e CRM do médico responsável pelo tratamento, contendo diagnóstico no qual relate as patologias ou enfermidades que molestam o paciente, o estágio clínico atual da moléstia e do enfermo. Para obter informações sobre as demais documentações, consulte o site da CEF (Caixa Econômica Federal).
- Qual o valor a ser recebido na retirada do FGTS?
O valor recebido será o saldo de todas as contas pertencentes ao trabalhador, inclusive a conta do atual contrato de trabalho. No caso de motivo de incapacidade relacionado ao câncer, persistindo os sintomas da doença, o saque na conta poderá ser efetuado enquanto houver saldo, sempre que forem apresentados os documentos necessários.
- O trabalhador com câncer pode realizar o saque do PIS/PASEP?
Sim. O PIS pode ser retirado na Caixa Econômica Federal e o PASEP no Banco do Brasil pelo trabalhador cadastrado no PIS/PASEP antes de 1988 que tiver neoplasia maligna (câncer), na fase sintomática da doença, ou que possuir dependente portador de câncer.
- Quais os documentos necessários para o saque do PIS?
Consultar o “site” da Caixa Econômica Federal (CEF). OBS: Atestado médico com validade não superior a trinta dias, contados a partir de sua expedição, firmado com assinatura sobre carimbo e CRM do médico responsável pelo tratamento, contendo menção à Resolução 01/96 de 15/10/1996 do Conselho diretor do Fundo de Participação PIS/PASEP e diagnóstico no qual relate as patologias ou enfermidades que molestam o paciente, o estágio clínico atual da moléstia e do enfermo e indicando expressamente “paciente sintomático para a patologia classificada sob o código daClassificação Internacional das Doenças (CID)” (de 140 a 208 ou de 230 a 234 ou C00 a C97 ou D00 a D09).
- Qual valor tem o paciente a receber?
O trabalhador receberá o saldo total de suas quotas e rendimentos.
- O que é?
É um benefício mensal a que tem direito o segurado quando este fica temporariamente incapaz para o trabalho em virtude de doença por mais de 15 dias consecutivos. O portador de câncer terá direito ao benefício, independente do pagamento de 12 contribuições, desde que esteja na qualidade de segurado. A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada por meio de exame realizado pela perícia médica do INSS.
- Como fazer para conseguir o benefício?
A pessoa deve comparecer à agência da Previdência Social mais próxima de sua residência ou ligar para 135 solicitando o agendamento da perícia médica. É indispensável Carteira de trabalho ou documentos que comprovem a sua contribuição ao INSS, além de declaração ou exame médico (com validade de 30 dias) que descreva o estado clínico do segurado.
- O que é?
A aposentadoria por invalidez é concedida desde que a incapacidade para o trabalho seja considerada definitiva pela perícia médica do INSS. Tem direito ao benefício o segurado que não esteja em processo de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência (independente de estar recebendo ou não o auxílio-doença). O portador de câncer terá direito ao benefício, independente do pagamento de 12 contribuições, desde que esteja na qualidade de segurado.
- Acréscimo de 25% na aposentadoria por invalidez
Terá direito a este acréscimo o segurado do INSS que necessitar de assistência permanente de outra pessoa. O valor da aposentadoria por invalidez poderá ser aumentado em 25% nas situações previstas no anexo I, do Decreto 3.048/99.
- O que é amparo assistencial ao idoso e ao deficiente?
A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) garante um benefício de um salário-mínimo mensal ao idoso com 65 anos ou mais, que não exerça atividade remunerada, e ao portador de deficiência incapacitado para o trabalho e para uma vida independente. Crianças de zero a 10 anos e adolescentes entre 12 e 18 anos têm os mesmos direitos. Para ter direito ao benefício, outro critério fundamental é de que a renda familiar seja inferior a ¼ (um quarto) do salário-mínimo. Esse cálculo considera o número de pessoas que vivem no mesmo domicílio: o cônjuge, o(a) companheiro(a), os pais, os filhos e irmãos não emancipados de qualquer condição, menores de idade e inválidos. O critério de renda caracteriza a impossibilidade do paciente e de sua família de garantir seu sustento.
- A pessoa com câncer tem direito ao amparo assistencial (ou Benefício de Prestação Continuada)?
Sim, desde que se enquadre nos critérios de idade, renda ou deficiência descritos acima. Nos casos em que o paciente sofra de doença em estágio avançado, ou sofra consequências de sequelas irreversíveis do tratamento oncológico, pode-se também recorrer ao benefício, desde que haja uma implicação do seu estado de saúde na incapacidade para o trabalho e nos atos da vida independente. O requerente também não pode estar vinculado a nenhum regime de previdência social ou receber quaisquer benefícios. Mesmo quando internados, tanto o idoso como o deficiente têm direito ao benefício. O amparo assistencial é intransferível, não gerando direito à pensão a herdeiros ou sucessores. O beneficiário não recebe 13º salário.
- Como fazer para conseguir o benefício?
Para solicitar o benefício, a pessoa deve fazer exame médico pericial no INSS. Informações sobre as documentações necessárias você pode obter ligando para o 135 ou pelo “site” da Previdência Social.
A Portaria SAS nº 055, de 24 de fevereiro de 1999, dispõe sobre a rotina de Tratamento Fora de Domicílio. Esta normatização tem por objetivo garantir o acesso de pacientes de um município a serviços assistenciais em outro município, ou ainda, em caso especiais, de um Estado para outro Estado. O TFD pode envolver a garantia de transporte para tratamento e hospedagem, quando indicado. O TFD será concedido, exclusivamente, a pacientes atendidos na rede pública e referenciada. Nos casos em que houver indicação médica, será autorizado o pagamento de despesas para acompanhante.
- Trata-se de um documento que assegura a gratuidade em ônibus intermunicipais, trem, metrô e barca no Estado do Rio de Janeiro, para portadores de deficiência ou doença crônica.
- Quem tem direito ao vale social?
Todo portador de deficiência ou doente crônico que esteja em tratamento médico continuado cuja interrupção acarrete o risco de morte.
- O acompanhante também tem direito ao vale social?
Sim. Pacientes menores de idade e adultos incapazes, que sejam doentes crônicos ou mentais com indispensável indicação de acompanhante, mencionada em laudo médico, têm direito ao vale social.
- Onde você pode conseguir o cadastro?
Nos Centros Comunitários de Defesa da Cidadania (CCDC), Fundação Leão XIII ou outros postos decadastramento.
- Quais os documentos necessários para a primeira via e pedidos de renovação?
1. Cópia da carteira de identidade do solicitante;
2. Cópia do CPF;
3. Cópia do comprovante de residência;
4. 1 (uma) foto 3x4 recente;
5. Cópia da certidão de nascimento para menor de idade;
6. Preenchimento do laudo médico, no verso da ficha de cadastro. O laudo deverá ser preenchido por médico da unidade da rede pública ou conveniadas ao SUS.
- É um cartão eletrônico assegurado pelos municípios que oferece gratuidade no transporte rodoviário.
- Quem tem direito ao RIOcard?
Para os pacientes com doença crônica, incluindo o câncer, residentes no município do Rio de Janeiro, o cartão RIOcard está sendo concedido judicialmente desde 2008, mediante laudo médico contido no formulário próprio fornecido pelos postos de cadastramento. Nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) localizados em seu município você obterá as informações necessárias para realizar o cadastramento.
- O acompanhante também tem direito ao RIOcard?
Sim. Ele terá este direito mediante indicação de acompanhante definida em laudo médico.
- A pessoa com câncer tem direito à isenção de imposto de renda na aposentadoria?
Sim. Os pacientes estão isentos do imposto de renda relativo aos rendimentos de aposentadoria, reforma e pensão, inclusive as complementações (RIR/1999, art. 39, XXXIII; IN SRF nº 15, de 2001,art. 5º, XII). Mesmo os rendimentos de aposentadoria ou pensão recebidos acumuladamente não sofrem tributação, ficando isento quem recebeu os referidos rendimentos (Lei nº 7.713, de 1988, art. 6º, inciso XIV).
- Como fazer para conseguir o benefício?
Para solicitar a isenção a pessoa deve procurar o órgão pagador da sua aposentadoria (INSS, Prefeitura, Estado etc.) munido derequerimento fornecido pela Receita Federal. A doença será comprovada por meio de laudo médico, que é emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, sendo fixado prazo de validade do laudo pericial, nos casos passíveis de controle (Lei nº 9.250, de 1995, art. 30; RIR/1999, art. 39, §§ 4º e 5º; IN SRF nº 15, de 2001, art. 5º, §§ 1º e 2º).
- A pessoa com invalidez total e permanente, causada por acidente ou doença, possui direito à quitação, caso exista esta cláusula no seu contrato. Para isso deve estar inapto para o trabalho e a doença determinante da incapacidade deve ter sido adquirida após a assinatura do contrato de compra do imóvel.
- Qual valor pode ser quitado?
Está incluído nas parcelas do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) um seguro que garante a quitação do imóvel em caso de invalidez ou morte. Em caso de invalidez, este seguro cobre o valor correspondente à cota de participação do paciente no financiamento. A entidade financeira que efetuou o financiamento do imóvel deve encaminhar os documentos necessários à seguradora responsável.
- O IPI é o imposto federal sobre produtos industrializados.
- Quando a pessoa com câncer tem direito a solicitar a isenção do (IPI) na compra de veículos?
O paciente com câncer é isento deste imposto apenas quando apresenta deficiência física nos membros superiores ou inferiores que o impeça de dirigir veículos comuns. É necessário que o solicitante apresente exames e laudo médico que descrevam e comprovem a deficiência.
- Quais veículos podem ser adquiridos com isenção de IPI?
Automóveis de passageiros ou veículos de uso misto de fabricação nacional, movidos a combustível de origem renovável. O veículo precisa apresentar características especiais, originais ou resultantes de adaptação, que permitam a sua adequada utilização por portadores de deficiência física. Entre estas características, o câmbio automático ou hidramático (acionado por sistema hidráulico) e a direção hidráulica. A adaptação do veículo poderá ser efetuada na própria montadora ou em oficina especializada. O IPI incidirá normalmente sobre quaisquer acessórios opcionais que não constituam equipamentos originais do veículo adquirido. O benefício somente poderá ser utilizado uma vez. Mas se o veículo tiver sido adquirido há mais de três anos, poderá ser utilizado uma segunda vez.
- Como fazer para conseguir a isenção?
A Lei nº 10.182, de 12/02/2001, restaura a vigência da Lei nº 8.989, de 24/02/1995, que dispõe sobre a isenção do IPI na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros e ao uso de portadores de deficiência.Dessa forma os interessados poderão se dirigir a esses locais ou acessá-los pela internet: www.receita.gov.br
- O que é ICMS?
É o imposto estadual sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços. Cada Estado possui a sua própria legislação que regulamenta este imposto. No Estado do Rio de Janeiro o paciente deve comparecer à Secretaria de Estado de Fazenda da área de sua residência.
- O que é IPVA?
É o imposto estadual referente à propriedade de veículos automotores. Cada Estado tem a sua própria legislação sobre o imposto. Confira na lei do seu Estado se existe a regulamentação para isentar de impostos os veículos especialmente adaptados e adquiridos por deficientes físicos. Os estados que possuem a regulamentação são Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.
OBS: A isenção do IPVA é concedida simultaneamente à obtenção da isenção do ICMS.
A carteira do idoso é um documento de direito ao acesso a transporte interestadual gratuito (duas vagas por veículo) ou desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens. Este direito está determinado no Estatuto do Idoso - Lei Nº 10741/2003, no art. 40 e o Decreto Nº 5934/2006 estabelece os mecanismos e critérios a serem adotados na aplicação do ICMS.
- A quem se destina?
Idosos com 60 anos de idade ou mais e com renda individual de até dois salários mínimos.
- Do que trata este direito?
Trata de duas vagas gratuitas em cada veículo, comboio ferroviário ou embarcação do serviço de transporte interestadual depassageiros. O idoso terá direito ao “Bilhete de Viagem do Idoso”, que é intransferível. Caso as duas vagas reservadas para este fim tenham sido ocupadas, outros idosos que queiram fazer o mesmo percursopoderão obter descontos de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) no valor da passagem para os demais assentos do veículo. Não estão incluídas no benefício, as tarifas de pedágio e de utilização dos terminais-tarifa de embarque, que serão pagas pelo idoso, nomomento da aquisição da passagem. Os interessados devem solicitar um único “Bilhete de Viagem do Idoso” nos pontos de venda próprios da transportadora, com antecedência de, pelo menos, três horas em relação ao horário de partida do ponto inicial da linha.
Obs: O idoso que não tiver renda deverá procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de seu município ou a secretaria municipal de Assistência Social. O idoso será incluído no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e vai receber o Número de Identificação Social (NIS).
- Como usufruir este direito?
Idosos que podem comprovar renda: aposentados, pensionistas ou trabalhadores ativos devem procurar as Empresas de Transporte, levando os documentos exigidos.
Links Importantes
CARTILHA DOS DIREITOS DO PACIENTE ONCOLÓGICO – ABRALE: http://www.abrale.org.br/web/uploads/files/cartilha-paciente-oncologico-2013.pdf
CARTILHA DOS DIREITOS DO PACIENTE COM CÂNCER – A.C. CAMARGO: http://www.accamargo.org.br/cartilha-dos-direitos-do-paciente-com-cancer
DIREITOS DOS PACIENTES COM CÂNCER: https://auniaotrazacura.com.br/index.php/auniaotrazacura/www.oncoguia.org.br/direitos-dos-pacientes/
CARTILHA DO INCA – DIREITOS DOS PACIENTES COM CÂNCER: http://www.inca.gov.br/publicacoes/DireitosPacientesCancer.pdf